Publicado por: Rogério Tomaz Jr. | 15/09/2012

Porque o futebol não se explica com palavras…

Málaga é a sexta maior cidade da Espanha. Fica na Andaluzia, a poucos quilômetros do estreito de Gibraltar. E abriga o Málaga Club de Fútbol, que possui uma trajetória histórica bem curiosa e interessante.

Antes um time pequeno em orçamento, porém enorme na paixão da sua torcida e no forte simbolismo de representar na esfera esportiva uma região tão rica cultural e historicamente, o Málaga agora é um dos novos ricos do futebol mundial.

Comprado em junho de 2010 por um xeque do Qatar, o clube vai disputar a edição de 2012/2013 da Liga dos Campeões da Europa, graças ao 4º lugar obtido no último Campeonato Espanhol, resultado mais expressivo do Málaga em toda a sua existência.

E foi justamente no final da temporada 2009/2010 – a última antes dos petrodólares passarem a controlar o time – que o Málaga proporcionou um daqueles momentos que ilustram porque o futebol não se explica com palavras. Assista:

Avô e neto emocionados comemoram permanência do Málaga na 1ª divisão

A belíssima crônica (reproduzo a original abaixo) de Bruno Sanxurxo é precisa (tradução livre minha):

“É impossível contemplar a cena sem se arrepiar. Até provoca um sentimento de inveja boa: que sorte têm por terem um ao outro! A criança por poder desfrutar as recordações e a experiência do seu avô; o ancião por poder se alimentar dos sonhos do seu neto. Duas gerações, meio século de diferença. Dois apaixonados, um só coração. (…) Uma cena com mais futebol do que todas as partidas do ano juntas.”

Dois apaixonados. Um só coração.

Outro vídeo (aqui) mostra também o presidente do clube chorando e os torcedores invadindo o campo para comemorar a permanência na elite.

Confira a crônica completa (em espanhol) do Bruno Sanxurxo.

http://www.notasdefutbol.com/futbol-mediatico/que-grande-es-el-futbol-2

¡Qué grande es el fútbol!

Bruno Sanxurxo  18 de mayo de 2010 | 18:29

Tras el pitido final del partido entre el Málaga y el Real Madrid se desató la euforia en las gradas de La Rosaleda: el empate les daba el punto de oro que valía la permanencia en Primera División. En ese momento las cámaras nos enseñaron cómo el presidente Fernando Sanz no podía reprimir la emoción en el palco, pero más abajo, en las gradas, se estaba dando una escena maravillosa que capturaron los objetivos de Cuatro.

Un abuelo se echaba las manos a la cabeza, incapaz de contener una alegría desbordante mientras a su lado su nieto elevaba los brazos al cielo. Tras el primer ramalazo de adrenalina, se funden juntos en un conmovedor abrazo. Un abrazo que simboliza la pasión por unos colores de dos aficionados de pro que han sufrido juntos durante demasiados domingos. Y luego lloran codo con codo mientras miran al césped, quizá mirando a los jugadores que habían obrado el milagro, quizá más allá, oteando el horizonte de su propia imaginación.

Es imposible contemplar la escena sin que se le pongan a uno los pelos de punta. Hasta provoca un sentimiento de envidia sana: ¡Qué suerte tienen por tenerse el uno al otro! El chaval por poder disfrutar de los recuerdos y la experiencia de su abuelo; el anciano por poder alimentarse de los sueños de su nieto. Dos generaciones, medio siglo de diferencia. Dos apasionados, un solo corazón. El pasado, el presente y el futuro de un club. Una escena con más fútbol que todos los partidos del año juntos.


Respostas

  1. Enchi os olhos de lágrimas…

  2. Achei muito interessante e relevante seu post.

    Atenciosamente,
    Wallace Alexandre

  3. Excelente seu post. Parabéns!

    Conheça a Incrível TV2010 com mais de 10 mil canais ao vivo sem mensalidades!


Deixar mensagem para Ivan Cancelar resposta

Categorias