Publicado por: Rogério Tomaz Jr. | 24/09/2014

Corações partidos numa quase tragédia com crianças em Brasília

“Escutei o barulho do 28º andar [do Anexo I da Câmara]”, me disse um dos brigadistas da Câmara que socorreu crianças e professoras da Escola Classe 10 de Ceilândia, maior cidade satélite do Distrito Federal, após uma colisão do ônibus que as conduzia num passeio cívico.

Na Esplanda dos Ministérios, por volta das 14h30 desta terça-feira (23), o veículo escolar acertou em cheio a traseira de um ônibus do sistema de transporte público, exatamente na frente do Congresso Nacional.

O coletivo foi atingido quando diminuiu a marcha para aguardar a saída de um carro da fila de estacionamento do lado direito da via. Testemunhas que estavam na parada de ônibus e viram o acidente afirmam que o veículo que levava as crianças estava em alta velocidade. Funcionários da Câmara (alguns da Liderança do PT) disseram ter ouvido um barulho fortíssimo do impacto e logo correram para descobrir o que havia acontecido. Acabaram participando do socorro às vítimas, que foram atendidas no serviço médico da Câmara.

A maioria das crianças usava cinto de segurança e não houve ferimentos sérios. Apenas uma professora, que estava em pé no ônibus, monitorando os alunos. sofreu uma leve fratura no nariz.

Apesar de nenhuma consequência grave, foi de partir o coração ver as crianças assustadas e chorando, ainda que certamente aliviadas.

Não consegui apurar o que houve (e confesso que nem me esforcei muito) com o motorista responsável pela quase tragédia. Mais tarde, pelo noticiário, soube que o ônibus escolar estava com a documentação irregular desde 2012.

Pelas extensas marcas de freios, ou o ônibus vinha em altíssima velocidade ou os freios não funcionaram ou ocorreram ambas as situações.

Já é conhecida a prática de ônibus escolares descerem muito embalados o declive na Esplanada na altura do Congresso, gerando a sensação de borboletas no estômago, o que seria uma “diversão” para as crianças. Esperemos que esse acidente sirva de lição.

Crianças com saco de gelo na cabeça saem do atendimento médico na Câmara (Foto: Rogério Tomaz Jr.)

Crianças com saco de gelo na cabeça saem do atendimento médico na Câmara (Foto: Rogério Tomaz Jr.)

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Ônibus que foi atingido pelo veículo escolar (Foto: Rogério Tomaz Jr.)

Marcas de freio no asfalto (Foto: Rogério Tomaz Jr.)

ônibus escolar teve a frente destruída (Foto: Rogério Tomaz Jr.)

imprudência? (Foto: Rogério Tomaz Jr.)


Respostas

  1. A falta de responsabilidade é chocante, e pelo visto é facilitada pela ausência de ou deficiência na fiscalização. Só de imaginar o que poderia ter acontecido com as crianças, dá arrepios.

  2. Junior, esse escolar é ônibus aposentado que rodava numa das empresas do Nene Constantino aqui em Brasilia. Eles compraram novos e venderam os antigos pro pessoal que faz escolar aqui no DF e para empresas que fazem linha no entorno.

  3. Corrigindo, era de uma cooperativa que faliu e vendeu seus ônibus.


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