Campanha do PSDB frauda assinatura da UNE e de órgão público

Em São Luís (MA), onde tucano João Castelo – ex-governador biônico via Sarney, ex-base dos governos Collor e FHC – disputa a reeleição contra Edivaldo Holanda Jr. (PTC), que conta com o apoio do PCdoB, do PDT, do PSB, do PT que não aderiu à oligarquia e de outros partidos, a campanha do segundo turno sai das páginas políticas e entra na seara policial.

Baseado num vídeo fraudado – editado para dar a impressão de algo sombrio, secreto – que acusava a campanha de Holanda Jr. de montar uma “milícia” composta por bombeiros e militares, Castelo tem buscado disseminar um clima de tensão e pavor diante dos supostos crimes que seriam praticados pela suposta “milícia”.

Além de usarem o vídeo no programa de TV, prontamente suspenso pela Justiça eleitoral, os tucanos e seus aliados agora distribuem nas ruas e nas redes sociais via Internet o panfleto reproduzido abaixo.

O material associa o número de Edivaldo (36) à “milícia” e até expõe uma arma calibre 38, numa clara tentativa de associação do adversário a práticas criminosas.

Além disso, no panfleto – que convoca uma manifestação e tem a inscrição “Somos 45” – constam as assinatura da União Nacional dos Estudantes (UNE), União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES) e até da “presidência” de um órgão público, o Conselho Municipal da Juventude, que jamais poderia ser usado para fazer propaganda eleitoral.

No caso da UNE e UBES, ambas presididas nacionalmente por militantes ligados ao PCdoB, um usuário do Facebook que publicou o panfleto justificou assim a assinatura:

“A UNE tem cinco diretores no Maranhão. São independentes e respondem pela UNE no estado”, afirmou o usuário Márcio Santos (link para o perfil).

Entretanto, não é permitido a diretores assinarem em nome da entidade, assim como é vedada a associação direta da mesma a campanhas eleitorais.

Panfleto traz assinatura da UNE, da UBES e até da “Presidência do Conselho Municipal de Juventude”.

A reunião “denunciada” por Castelo como prova da “formação de milícia” a favor do seu adversário foi, na verdade, um encontro de Edivaldo com bombeiros e seus familiares, fora do horário de trabalho, como mostra o vídeo abaixo.

A verdade sobre a “missão secreta”

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Por conta do episódio “denunciado” por Castelo, vários militares foram presos, em ação nitidamente política da Secretaria de Segurança Pública da governadora Roseana Sarney, que vem apoiando nos bastidores a campanha de Castelo, já que a vitória de Edivaldo Holanda Jr. seria também a vitória de Flávio Dino (PCdoB), maior ameaça à sobrevivência da oligarquia e pré-candidato ao governo em 2014.

Os militares detidos, após comprovada sua inocência, poderão processar o governo do Estado e receber indenizações polpudas.

As mais recentes pesquisas, divulgadas esta semana, indicam a liderança de Holanda Jr., com diferença que varia entre 13 e 5 pontos percentuais, variando de acordo com cada instituto.