Publicado por: Rogério Tomaz Jr. | 07/05/2009

“Fora Gilmar!” ecoa nos gabinetes do STF

Pelo menos seiscentas pessoas – cerca de trezentas no pico do ato – passaram no início da noite de hoje (6/5) pela Praça dos Três Poderes, em Brasília (DF), que reuniu manifestantes em ato público contra o ministro Gilmar “Dantas” Mendes, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF).

Atos simultâneos ocorreram em Belo Horizonte (MG) e em dois locais de São Paulo (SP).

Estive na Praça e registrei muitas fotos e vídeos. Ao final do texto segue uma amostra e daqui a pouco divulgo os links para a galeria completa aqui no blog.

As palavras de ordem – listo algumas abaixo – se dirigiam principalmente à dupla soltura do banqueiro condenado Daniel Dantas e às declarações contra movimentos sociais. O delegado Protógenes Queiroz foi exaltado, bem como o ministro Joaquim Barbosa.

O ato é inédito. Pela primeira vez na história do país, o presidente da Corte Suprema enfrenta reação popular pedindo a sua renúncia. Se o afastamento pode parecer ilusório agora, vale resgatar o exemplo do próprio Gilmar Mendes, quando começaram os protestos contra Collor de Mello em 1992: “Isso não vai dar em nada”, disse à época o atual Supremo Presidente do Supremo, como diz o Paulo Henrique Amorim.


Dezenas de funcionários do STF se aglomeraram na entrada principal do prédio – curiosos ou desejosos de engrossar o ato?

Algumas das palavras de ordem, inclusive as irreverentes, acompanhadas por apitaços:

“Fora Gilmar! Fora Gilmar!”
“Oh Gilmar Dantas, assim já é demais! Saia nas ruas e não volte nunca mais!”
“Queiroz, delegado do povo! Prende o banqueiro de novo!”
“Ão, ão, ão, larga a toga e vem na mão!”

Os manifestantes cantaram o hino nacional. Os organizadores distribuíram pirulitos, para “combater o amargor da injustiça”. E uma “bicicleta-de-som” reproduziu o áudio da célebre discussão na qual Joaquim Barbosa desnudou Gilmar “Dantas” Mendes.

Mais informações no blog do movimento:

http://saiagilmar.blogspot.com/


Respostas

  1. A mobilização do ato pela internet teve repercussão: http://www.breakingtweets.com/2009/05/brazil-online-and-offline-protests.html


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